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Mindset de Crescimento

Decerto o maior desafio da inovação em empresas é a mudança de mentalidades. Acompanhe a seguir a segunda parte dessa breve apresentação de dois modelos mentais comuns entre os líderes! Abordaremos o “modelo mental de crescimento”.

Para Carol Dweck em sua obra “Mindset”, o modelo mental de crescimento refere-se a características do sujeito que possui a crença de que é capaz de cultivar suas qualidades básicas por meio de seus próprios esforços, seus talentos e aptidões, interesses ou temperamentos — cada um de nós é capaz de se modificar e desenvolver por meio do esforço e da experiência.

No modelo mental de crescimento, a liderança cerca-se das pessoas mais capazes que consegue encontrar, enfrenta diretamente seus próprios erros e deficiências e procura saber com franqueza quais as qualificações de que eles mesmos e suas empresas necessitarão no futuro. Por causa disso, podem progredir com uma confiança baseada em fatos e não como resultado de fantasias a respeito de si. Reconhece a sua incompletude.

Esse estilo de liderança com base no crescimento constrói competências para enfrentar desafios, situações negativas, lidam com a angústia e a dor – marca inevitável da arte de viver. Tem sensibilidade para entender os outros e a dificuldade da construção da vida.

O quadro de Portinari, “Retirantes”, é um retrato da miséria de uma família de retirantes que, entre tantas outras, foge da seca e da fome do Nordeste em busca de uma vida melhor. As convicções políticas e a consciência social do pintor são essenciais na composição dessa obra.

Como na arte de Portinari, a liderança com modelo mental de crescimento, de acordo com pesquisa atual de Harvard, mostra que líderes modestos e humildes transmitem a ideia de que o mundo a nossa volta pode ser um lugar melhor. Isto é, os líderes que são humildes melhoram o desempenho da empresa em longo prazo porque criam ambientes mais colaborativos. Também têm uma visão equilibrada de si mesmos — de suas virtudes, limitações e do mundo ao seu redor. A existência do “outro”, bem como sua história e origem, pautam as ações da liderança em termos de inspiração, evolução e aprendizagem.


Rogério Antonio Monteiro

- Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

- Diretor da Innovare Estratégia.

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