A sobrevivência e o desenvolvimento das empresas estão cada vez mais ameaçados por sintomas e fragilidades internas, cenário econômico recessivo e aumento de concorrência. Ademais, o processo de gerar riqueza mediante disrupção - ou seja, novos entrantes em nichos menos exigentes do mercado das empresas estabelecidas - tem se acelerado por causa da tecnologia da informação. Isso implica que as empresas estabelecidas têm cada vez menos tempo para comemorar, pois estão sob permanente ameaça de sobrevivência.
Como esses eventos são geradores de intranquilidade nas empresas, surgem pressões e discursos como “precisamos mudar, precisamos nos reinventar, precisamos inovar”. Normalmente as lideranças desconhecem a dinâmica do que está acontecendo e não sabem se posicionar diante dos eventos, nem por onde começar. Para Pisano (2019), as patologias das organizações incluem inércia, burocratização, medo de “canibalizar” os produtos existentes e “miopia” da liderança.
Portanto, a demanda por inovação é crescente, em especial:
A inovação de mentalidades para solucionar os sintomas críticos como carência de informação para tomar decisão, crise de propósito, baixa lucratividade, entre outros.
Inovação para desenvolvimento de mercado com a construção de novas competências distintivas.
Inovação para desenvolvimento de produtos e serviços, com a criação de novas ideias.
Por conseguinte, nos deparamos com a seguinte questão:
Como gerenciar a mudança e construir inovação?
Para desenvolver o negócio, precisa-se resolver sintomas críticos e evoluir o modelo mental das lideranças. Dessa forma é possível migrar de uma realidade de gestão estratégica frágil para a gestão estratégica plena*. Para essa evolução acontecer, é necessário efetivar 4 tipos de inovação: inovação de mentalidades, inovação de gestão, inovação dos processos organizacionais e inovação de produtos e serviços.
Executar os 4 tipos de inovação não é trivial! Precisa-se de liderança consistente, modelar e orientar comportamentos de equipe, deixar transparente a dura realidade da empresa e da necessidade de inovação. Inovar, por um lado, requer liberdade para experimentar, colaborar, falar abertamente e tomar decisões, mas também exige reconhecimento das sérias responsabilidades que a compõe. Os líderes devem ser transparentes na empresa sobre a dura realidade de mudar e inovar!
Para pensar e executar o processo de inovação, a Innovare Estratégia desenvolveu método e aprimorou ferramentas que dão suporte a evolução da empresa.
¹ Para saber mais sobre as fases da gestão estratégica, veja artigo em:
Referências PISANO, Gary P. Creative construction: the DNA of sustained innovation. Nova Iorque: PublicAffairs, 2019.
Rogério Antonio Monteiro
- Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
- Desenvolvedor de método para o Crescimento Lucrativo nas empresas.
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